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Uso racional de medicamentos é fundamental para a saúde
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out-20

Uso racional de medicamentos é fundamental para a saúde

 

Automedicar-se é o ato de ingerir remédios para aliviar sintomas, sem qualquer orientação médica no diagnóstico, prescrição ou acompanhamento do tratamento. É um hábito enraizado na cultura brasileira que pode causar graves danos ao organismo.

Uma pesquisa realizada no ano passado pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF), através do Instituto Datafolha, constatou números alarmantes: a automedicação é um hábito comum a 77% dos brasileiros que utilizaram remédios nos últimos seis meses. Destes, quase a metade (47%) se automedica pelo menos uma vez por mês e 25% o faz todo dia ou pelo menos uma vez por semana.

A mesma pesquisa também foi feita pelo Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ) em anos anteriores. Em 2018, 79% dos entrevistados com mais de 16 anos admitiram tomar medicamentos sem prescrição médica ou farmacêutica; em 2016, o índice era de 72%; e em 2014, 76,2% diziam automedicar-se.

 

Automedicação e a pandemia

Os altos números assustam, especialmente na pandemia. “A automedicação sempre aconteceu, mas com a covid-19 ela aumentou muito e foi assustador para nós, profissionais da área da saúde. Sempre (no consultório) alguém pede ‘doutor, faz aquela receita pra mim de antibiótico, daquele remédio que previne’”, conta Marcelo Saldanha, médico do Hospital Nossa Senhora da Conceição.

Ele explica que cada remédio tem sua indicação, fase terapêutica e eficiência comprovados de acordo com cada estágio de uma doença. “Se a pessoa não sente nenhum sintoma, não há justificativa para tomar qualquer medicamento, pois o seu efeito pode ser prejudicado no futuro, caso o paciente venha precisar daquele remédio. Todas as medicações são drogas, então se você coloca uma droga no seu corpo que não tem indicação, é risco x benefício.”

O uso incorreto ou irracional de medicamentos pode trazer sérias consequências como: reações alérgicas e intoxicação, dependência, resistência aos remédios e até mesmo a morte. Os medicamentos são a principal causa de intoxicação no Brasil, segundo dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), da Fundação Oswaldo Cruz, ficando à frente de produtos de limpeza, agrotóxicos e alimentos danificados.

Algumas medicações, como vitaminas, podem ser usadas para prevenção, mas o antibiótico é de uso restrito para quem tem sintomas. “Eu não posso usar o antibiótico se eu não sinto nada. Só por medo, porque eu ouvi falar que é bom, não é assim que funciona. Existem protocolos, e nós temos que segui-los. Procure a ajuda de um médico e não faça a automedicação, ela pode ser muito prejudicial”, conclui o médico do HNSC.

Você pode conferir a entrevista do médico do HNSC, concedida para a TV Integração, neste link.

 

Atenção: As informações existentes neste portal pretendem apoiar e não substituir a consulta médica. Consulte sempre um profissional de saúde.

 

Fontes:

Conselho Federal de Farmácia; Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade; Saúde MG

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